sábado, 23 de abril de 2011

Quando o impossível torna-se possível



Se você tem o coração que confia, nada é impossível — até mesmo Deus não é impossível.

Mas você precisa ter um coração confiante. Uma mente confiante não adiantará, porque estruturalmente a mente não pode confiar. Ela é incapaz de confiar. A mente só pode duvidar; a dúvida é natural para a mente, é intrínseca à mente.

A cabeça nada pode fazer a não ser duvidar. Assim, se você começar a forçar crenças à cabeça, essas crenças só esconderão suas dúvidas. Nada acontecerá através delas. E é aí onde estão muçulmanos, cristãos, hindus, jainas; a crença deles é mental — e a mente é incapaz de crer.
Para a mente, crer não é possível; a mente pode apenas duvidar. A dúvida cresce da mente como as folhas crescem das árvores.

A crença surge no coração. O coração não pode duvidar, só pode confiar. Assim, a crença mental — acredito na Bíblia, acredito no Alcorão, acredito no Das Kapital, acredito em Mahavira, ou Moisés, ou Mao Tse Tung — é apenas um falso fenômeno.

A cabeça pode apenas criar falsidades, substitutos. Você pode permanecer comprometido com elas, mas sua vida será desperdiçada. Você permanecerá uma terra árida, um deserto.
Você nunca florescerá, nunca saberá o que é um oásis. Não conhecerá o menor contentamento, a menor celebração.

Assim, quando digo que crer pode tornar coisas impossíveis em possíveis, refiro-me a crer pelo coração — um coração inocente, o coração de uma criança que não sabe como dizer "não", que conhece apenas o sim — mas não o "sim" contra o "não".

Não que a criança diga "não" por dentro e "sim" por fora; isso é da cabeça. Essa é a maneira da cabeça; sim por fora, não por dentro, não por fora, sim por dentro. A cabeça é esquizofrênica. Nunca é total e una.
Quando o coração diz "sim" ele simplesmente diz "sim". Não existe conflito, não existe divisão. O coração está integrado com o seu sim; essa é a verdadeira crença, confiança. É um fenômeno do coração. Não é um pensamento, mas um sentimento, e, essencialmente, nem mesmo um sentimento, mas um estado de ser.
No início, a confiança é um sentimento; em seu florescimento final, é um estado de ser.

Osho, em "Mojud: O Homem com a Vida Inexplicável"

Penso que, somente através do amor, conseguimos transformar o impossível em possível. Inspirada no período da Páscoa, compartilho com vocês um relato emocionante que apenas confirma as palavras de Osho:


Claudia.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

"My Favorite Color": Afinal, de quem é a música?

O músico israelita de 25 anos, Ophir Kutiman, inspirado na escola do Funk e da Black Music, executou uma tarefa inusitada. Vasculhando pela web fragmentos de vídeos contendo a performance de músicos amadores, conseguiu agregar dezenas de sons diferentes e sincronizá-los em uma nova música. Na apresentação do vídeo, Ophir, que se tornou famoso por realizar outros mashups na web, deixa claro que a intenção não foi ofender ninguém, pois a ideia resultou de seu verdadeiro amor pela arte da música, e agradece todos os músicos inseridos no vídeo por compartilhar seu talento.

Apesar de incluir no final do vídeo todos os créditos e indicar os links para os vídeos originais, com certeza, Ophir infrigiu o atual regime de direitos autorais. Frutos da cultura da remixtura proporcionada pela web 2.0, alguns trabalhos de mashups são tão perfeitos que abalam as convicções do céticos e fãs das estrelas formais de gravadoras. Se os artistas da "orquestra" virtual de Ophir, denominada "My Favorite Color", formalizarão reclamações eu não sei, mas o resultado do trabalho ficou encantador:

Claudia.