O que me motiva é a certeza de que o mundo existe além do que nossa vista alcança.
terça-feira, 30 de junho de 2009
O Café do Próximo
Foi em Praga, na República Tcheca, que surgiu o hábito do "café pendente". Tudo começou com o personagem de um livro. Ele entra num bar, toma um café e, quando vem a conta, paga dois, explicando pra garçonete: "Pago o meu e deixo um pendente". Inaugurou-se assim o costume de se deixar pagos dois, para o caso de surgir alguém sem trocado para um cafezinho. A Livraria Argumento, do Rio, que tem em suas dependências o charmoso Café Severino, adotou esse esquema, rebatizando-o de "café do próximo". Colocou um quadro-negro na entrada e ali vai anotando todos os cafés pendentes do dia, aqueles que já foram pagos. Às vezes tem dois, às vezes três, às vezes nenhum. Quem chega sem grana e vê ali no quadro que há um café pendente, pode pedi-lo sem constrangimento. Quando voltar outro dia, com dinheiro, poderá, se quiser, pagar dois e retribuir a gentileza para o próximo desprevenido. E assim mantém-se a corrente e ninguém fica sem café.
Mais uma crônica inteligente e instigante da Martha. A cafeína, como sabemos, é um dos melhores estimulantes para o cérebro, ajuda as idéias fluírem, despertando as mais originais e revolucionárias. Da próxima vez que for ao Rio, com certeza, terei que conhecer o Café Severino, localizado na Livraria Argumento. Por enquanto, vou curtindo o cafezinho da Livraria Cultura, no nosso charmoso Paço Alfândega.
Um brinde à reflexão e às grandes idéias, claro, com uma deliciosa xícara de café!!! ;D
domingo, 28 de junho de 2009
A morte das nossas crianças- Michael Jackson-25/06/2009
A morte de Michael Jackson me “puxou” um tema que me instiga muito como pessoa, como psicólogo, como criança, como adulto. O que foi feito das nossas crianças internas ?? O que tem sido a vida das crianças ao redor do planeta? As crianças dos seres humanos têm sido abusadas desde o início dos tempos; talvez até por isso uma das frases de Cristo : “Vinde à mim as criancinhas”, ou como dizia o mestre Rajneesh (hoje, Osho): “ As crianças ainda trazem o cheiro de Deus”, me levam a pensar que, é a divindade que tem sido abusada, é a criação no seu mais pleno vigor é que tem sido violentada.
Muitos conhecem a história de Michael Jackson, vindo de uma família pobre de 9 filhos, um pai que gerenciava a carreira dos filhos e as declarações tanto de Michael quanto de Janet, sua irmã, sobre esse pai, acerca de abusos, exigências árduas de performance dos filhos, uma empreitada pelo sucesso, dinheiro e muita fama. E o país de origem e de morada? O outro pai- o Tio Sam- grande “abusador”, o berço do capitalismo, do dinheiro, do show business. Daí percebe-se nessa criança violentada, dessa criança exigida, tirada de si mesma, uma briga de foice com a própria identidade, com a própria negritude, um nariz africano que deveria ser transformado num nariz caucasiano. Um adulto de rosto monstruoso, riquíssimo, famoso e querido em todos os cantos do planeta, que atraía multidões mas a ausência de si mesmo e o vazio interno eram de uma imensidão, proporcionais á sua fama. Uma carência que era um “saco sem fundo”.
Ás vezes, quando morre alguém mais velho, sempre penso nos amigos e contemporâneos dessa pessoa e como deve “mexer” quando se perde um “ colega de época”. Isso agora aconteceu conosco, um contemporâneo se foi....Michael era dois mais novo que eu, ele de 1958, eu de 1956. Um artista irrepreensível, talento transbordante, um corpo dançante e ágil, uma voz linda; “Ben”, cantada por ele vai ser fundo musical para o resto da minha VIDA.
Há indicativos que Michael morreu depois de mais uma dose de Demerol, um narcótico, um analgésico (algia é dor), medicação do qual ele era dependente, porque ele precisava amaciar a dor constante, a dor de não poder ser ele mesmo; a dor da criança massacrada, da criança amadurecida à força, da criança tirada da sua própria infância. Uma infância que ele tentava resgatar de forma folclórica, comprando com a “dinheirama” que ele possuía, parques da “Terra do São Nunca” – porque há coisas que nunca voltam- e uma busca para se tornar Peter Pan, aquele que nunca cresce e nem envelhece e a fixação de ter a cara da Diana Ross. Tudo isso numa tentativa alucinada de resgatar a própria criança interna, de resgatar a inocência; de ter uma identidade; a nossa maior dor é a sensação/percepção de que desconectamos de nossa criança interna, com o nosso fio da meada. É aquela ponta do durex que sumiu e nessa busca enfiamos até os dentes para reencontrá-la.
Nesse ano de 2009 eu completo trinta anos de formado; e todo esse tempo, acolhendo pessoas que compartilham suas histórias de vida comigo e baseado nas minhas próprias dores existenciais, eu aprendi que a maior BENÇÃO de um ser humano é ser o que se é genuinamente.Ser e ter a si mesmo do jeito que a grande criação projetou, concebeu e criou é o MÁXIMO. É o meu grande sonho e busca de consumo. Sinto que o Michael, nosso querido contemporâneo, também buscava loucamente isso.
Todos nós... A morte desse astro pop, penso, nos levará muito a pensar o que temos feito com nossas crianças. Como nós, adultos tratamos nossa criança interna, de como fomos abusados, tirados de nossas rotas divinas e o que temos feito para nos resgatar, para restaurar nossa originalidade. É necessário inclusive que ampliemos nosso conceito de abuso. Hoje, nessa contemporaneidade, muitas crianças são abusadas de outras formas; como falta de limites, falta de contato com a natureza, excessiva ligações com shoppings, jogos eletrônicos, comidas vagabundas, famílias disfuncionais que impregnam essa criança de falta de afeto, simplicidade, respeito e amor: REFERÊNCIA SADIA.
Michael se foi num dia 25 de junho, em pleno signo de Câncer, o signo da casa, da família, do aconchego, da mãe/pai, do ninho. Que sua alma cansada dessa busca de si, do ninho, da simplicidade que o mundo popstar não conhece, encontre nos braços do grande Criador um colo.
Uma música brasileira linda do Gil-canceriano de 26 de Junho-, que Zizi gravou lindamente, me vem para ninar esse momento: “Ah! Meu amigo, meu herói , oh como dói saber que a ti também corrói a dor da solidão. A força do universo não te deixará, o lume das estrelas te alumiará, na casa do meu coração, pequeno , no canto do seu coração, menino. No canto do meu coração espero, agasallhar-te a ilusão. Oh, meu amigo, meu herói”
De todo meu coração, eu desejo e aspiro que reencontrar consigo mesmo não seja uma ilusão.
Um beijo, Michael!!!!
Hercoles Jaci-Psicólogo clínico-Belo Horizonte-MG (hercoles@uai.com.br)
Apesar de tudo, não entro no mérito do comportamento do homem, fica o reconhecimento ao artista, cuja história, em algum momento no espaço e no tempo, também se entrelaçou com a nossa. Minha adolescência tem muitas e boas recordações do astro que encantava ao deslizar no palco como ninguém. Não só a pobreza e o anonimato, vivenciar o sucesso e a fama também é uma provação e tanto, e pode vir acompanhada de muitas dores e tristezas. Poucos são os astros que atingem a fama sem perder a serenidade. As palavras do Dr. Hercoles foram perfeitas. Uma ótima reflexão!
- Claudia Coutinho -
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Todos Precisamos de um Amante!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Energias Renováveis
Pensando bem, nós somos pura energia.... altamente renovável!!!
A cada banho...
Cada sono revigorante...
Cada cálice de vinho...
Cada caminhada...
Cada beijo...
Cada abraço...
Cada conquista...
Cada refeição saborosa...
Cada “eu te amo” que ouvimos...
Cada “eu te amo” que falamos...
Cada paisagem...
Cada banho de chuva...
Cada noite bem acompanhado...
Cada desabafo...
Cada música...
Cada pulo...
E por falar em pulo...
Eu amo o desempenho desses rapazes!
Eles são movimento... graciosidade... vitalidade... vida!
Fim de semana ... duas opções: relaxar ou renovar suas energias. Qual você prefere? ;D
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Medo
INQUIETANTE, NECESSÁRIO, VITAL!
Quando em suas águas ousamos mergulhar...
ah, quantas respostas em suas entrelinhas...
quantos fragmentos de nós mesmos!
MEDO...
Numa hora nos detém, em outra nos impulsiona.
Medo de calar, medo de falar, medo de não ter nada a dizer;
medo da agitação diária, da quietude da noite;
medo da multidão, da solidão;
medo da monotonia, da mudança;
medo do calor intenso, do frio devastador;
medo do barulho que nos atormenta, do silêncio que desperta sons estranhos.
MEDO...
do desconhecido? Como, se ainda não o experimentamos???
Talvez, da expectativa de reviver dores já sentidas.
Medo de ousar, de experimentar.
MEDO...
Sensação incômoda, que não deve ser evitada.
Existe para ser trabalhada, compreendida, transformada.
Medo do escuro, medo da morte, medos da vida!.
Múltiplas formas.
Os artistas o transformam em romances,
em obras cinematográficas,
em quadros extraordinários,
em melodias encantadoras.
MEDO...
o local onde passado, presente e futuro se encontram.
O começo de tudo, onde você está desfeito,
aguardando a compreensão que o transformará íntegro, inteiro!
MEDO,
INQUIETANTE, NECESSÁRIO, VITAL!
E você, qual o seu medo?
- Claudia Coutinho –
A imagem é do Grupo “Burn your Fears”, cuja proposta interessante e transformadora é convidar-nos a limpar a alma através do fogo. Ou seja, relacionar numa folha de papel os três maiores receios que nos afligem, queimá-la, e, em seguida, expressá-los em imagens/fotos compartilhadas através da rede flickr.com. O importante é que não precisamos ser um piromaníaco para destruir os medos, isso pode ser feito com o uso do nosso lado criativo. Afinal, admitir e expressá-los é o primeiro passo para vencê-los. Como confidenciou Stephen King, o grande mestre do suspense, a inspiração para suas obras vem do medo do escuro. Ainda hoje o autor mantém a luz de seu quarto acesa durante a noite. ;D
Burn your fears Group: http://www.flickr.com/groups/59974096@N00/
terça-feira, 23 de junho de 2009
Intenso!
Intenso...
A mistura de cores sobre a tela, antes de definir formas e contornos;
fechar os olhos e sentir a brisa do mar;
mirar o sol a olho nu;
o beijo inesperado;
as cores e a vida que os alpinistas emprestam às montanhas geladas;
o vermelho intenso das flores em contraste com o verde das folhas;
os acordes de um piano;
o solo de um violão;
o brilho da luz em meio a escuridão;
a paixão de ontem, de hoje e de sempre...
Os momentos mais intensos são os mais simples, crus e destituídos de artifícios.
- Claudia Coutinho -
"Qual é a Tua Obra?" (Você já se perguntou?)
Esses períodos representam a base da sociedade ocidental, na qual a nobreza está em ser senhor e o servo deve ser sempre submisso. No Brasil, esses conceitos ainda são muito fortes, pois, o trabalho manual ainda é considerado como tarefa de inferiores.
O período de transição que ora atravessamos requer o resgate do senso de coletividade, de humildade, de ética e de respeito ao próximo. Reconhecer que nós somos uma obra inacabada e que só se completa no exercício da convivência com as outras pessoas. O aprendizado deve ser uma constante, afinal, não sabemos tudo e, por isso, dependemos de outras pessoas para o nosso desenvolvimento. Quando reconhecemos e admitimos nossas dúvidas, estamos nos permitindo evoluir, buscar novos conhecimentos, arriscar mais e vencer nossos limites através de acertos e de erros, os quais devem ser corrigidos e não punidos.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Pare!
Pare...
feche os olhos...
permita-se não fazer nada, apenas...
sentir...
sua respiração...
o silêncio...
aquela melodia que chega de mansinho...
as batidas do seu coração... o pulsar das suas veias.
Por alguns minutos...
pare...
não se cobre...
não questione...
não queira saber a resposta para todas as coisas.
Mantenha seus músculos imóveis...
Ative os sentidos, os sentimentos, as emoções...
Percebeu?
É você que vem chegando, de mansinho. Pare para perceber-se...
pare para entender os outros...
a sintonia de tudo o que lhe cerca.
Só não pare de sonhar,
o mundo precisa de você!
- Claudia Coutinho -
domingo, 21 de junho de 2009
Maceió
Aqui nasci,
aqui cresci,
aqui aprendi o que é amar.
Aqui conheci o mar
e compreendi que azul
é mais que uma cor...
é sol, é mar, é imensidão.
Aqui a alegria é azul,
a esperança é índigo,
a liberdade é turquesa
e a tarde, tal qual caleidoscópio,
reflete luz em tons azuis.
Aqui renasço,
recarrego-me,
energizo-me.
Bem aqui,
guardada na memória,
acalentada no coração,
Maceió,
minha cidade azul mar.
- Claudia Coutinho -
Recursos Renováveis
sábado, 20 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Freakonomics
Durante a época da faculdade, nunca me conformei com alguns procedimentos. Por exemplo, pagar as disciplinas de Cálculo na Cadeira de Engenharia. Resolvíamos imensos problemas através das fantásticas derivadas e integrais, entretanto, economicamente falando, não ligávamos nada a coisa nenhuma. Mais, tarde, num lampejo de lucidez, os autores começaram a desenvolver livros de cálculo aplicado à economia e à administração. As coisas começavam a fazer sentido. Hoje, felizmente, os autores estão indo além. Estudam e interpretam a economia com profunda humanidade, buscando no comportamento e na psicologia as respostas para os fatos, afinal, Economia é uma Ciência Humana. Sua interpretação requer recursos que vão além das aplicações técnicas e ferramentas matemáticas. Essa é a proposta de Freakonomics, um livro de leitura deliciosa e questionamentos revigorantes. É isso mesmo, um livro delicioso de economia! Dá para acreditar? Só conferindo para ver. Abraços de uma economista feliz com os novos pensamentos.
- Claudia Coutinho -
Pensar diferente é a saída...
Quando nos atrevemos a pensar diferente,
ampliamos nossa capacidade de transformação,
a clareza de possibilidades vence o impossível.
Incomodamos, enfrentamos resistências, mas,
cada dificuldade é um estímulo frente à certeza de que estamos
evoluindo, de que nossa mente está se expandindo.
Quando nos atrevemos a pensar diferente,
dizemos ao mundo que somos únicos!
- Claudia Coutinho -
Adoro esta idéia!
;D
Atreva-se a ser feliz!!!
- Thomas Carlyle
;D