quinta-feira, 15 de outubro de 2009

THE INNOVATION ZONE - O sucesso das inovações na CiT

Inovar é, antes de tudo, um ato de libertação. É romper com as regras, com os paradigmas, com o "modus operandi". Ousar no pensamento e na criatividade, sem, contudo, perder o foco no objetivo pretendido. Nesse processo, o compartilhamento de idéias, além de enriquecer a experiência, auxilia na constância de propósito.

Na era "wiki", onde a colaboração em massa vem se mostrando uma poderosa aliada na transformação dos negócios, a Ci&T (www.cit.com.br), empresa especializada em softwares customizados, decidiu incorporar o conceito ao descobrir que inovar na comunicação e integração da equipe ajuda a elevar a rentabilidade. Através do Projeto chamado Ci&T 2.0 – The Innovation Zone, a empresa tem premiado colaboradores e gerado economia de mais de US$ 200 mil, por meio de idéias inovadoras.

O modelo de blogs no ambiente wiki da empresa tem proporcionado a geração de idéias, simultaneamente, nas diversas áreas (Administrativa, Recursos Humanos, Financeira, etc.).

A experiência da companhia foi matéria da Revista "Meu Próprio Negócio", com o título "O Poder da Comunicação", cujo conteúdo segue abaixo.

O Poder da Comunicação
O mercado ensina que a inovação é fundamental para qualquer empresa se manter sustentável. Mas inovar exatamente onde? Como? Quanto isso vai custar? Inovar não é uma fórmula, com começo, meio e fim, assim como nem sempre tem um valor definido. É uma cultura corporativa de sempre procurar melhorar. E as ações podem ser inclusive simples, como descobriu a Ci&T, fundada em 1995 a partir da iniciativa de Bruno Guiçardi, Cesar Gon e Fernando Matt, alunos de engenharia da computação da Universidade de Campinas (Unicamp).

A empresa, especializada em desenvolvimento de softwares customizados, comprovou que a adoção de ferramentas de comunicação, como um blog e uma intranet, pode ajudar, e muito, na meta de envolver todos os funcionários a pensar novas maneiras de fazer as coisas e ampliar a oferta de serviços para seus clientes.

Há pouco mais de um ano, a companhia de Campinas-SP adotou a intranet baseada em blogs e wiki (conteúdo editado de maneira coletiva, como a Wikipédia). A iniciativa visava a democratizar o acesso às informações e a levar conversas restritas a grupos da equipe ao conhecimento de todos e, assim, fomentar a colaboração a favor de resultados.
O investimento para ter uma intranet varia de acordo com a ferramenta escolhida para construir o sistema e conforme a complexidade do projeto. Mas, como investimento inicial para a construção, pode-se considerar um montante de R$ 3 mil e R$ 7 mil e não esquecer que há a necessidade de uma manutenção mensal, especialmente no que diz respeito à segurança.

No modelo criado pela Ci&T, as pessoas postam idéias e propostas e se comunicam umas com as outras. “Uma dinâmica propícia para detectar novas oportunidades”, garante Flávio Pimentel, diretor de inovação da empresa.

Mas ele lembra que as ações voltadas à colaboração e à inovação devem fazer sentido para o negócio, considerando as particularidades do mercado em que a companhia está inserida. “Antes de pensar em colocar uma inovação em prática, é preciso observar as variáveis das ações e a necessidade da empresa”, pondera.

Uma delas é a especificidade do segmento no qual a empresa atua. A inovação no setor de serviço é diferente dos demais. Nele, os processos podem ser mudados mais facilmente e, portanto, a inovação acontece de maneira mais rápida. No modelo industrial clássico, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento exigem, geralmente, um prazo maior.


RESULTADOS

Pimentel conta que hoje a adesão ao Innovation Zone – ambiente de blogs criado em março de 2007 – é maciça e o modelo já trouxe resultados. A partir das conversas surgidas nele, a empresa modificou a metodologia de fabricação de software. “Dos blogs, saiu um grupo de pessoas que se identificou com a idéia de modificar a metodologia de desenvolvimento de software para a produção lean, criada pela Toyota. Esse grupo passou a reunir-se fisicamente para discutir os rumos da mudança”, conta.

Com isso, a Ci&T acabou transpondo o processo de ciclos mais curtos de produção e redução do estoque ao mínimo e passou a desenvolver e entregar os softwares em diferentes períodos, antecipando a possibilidade do cliente usufruir de partes do sistema.

O trabalho de desenvolvimento, que demora seis meses para ficar totalmente pronto, por exemplo, passou a ser dividido em módulos e entregue com prazos distintos. “Sem a necessidade de esperar todo o sistema ser finalizado, nossos clientes passaram a usufruir seu investimento em um prazo mais curto, antecipando o proveito do produto, fosse no uso de um cadastro, um formulário para relatório ou uma parte de gestão de estoque”, destaca Aminadab Nunes, diretor de tecnologia da Ci&T.
O Innovation Zone é dividido em grupos. Há aqueles dedicados às diversas tecnologias com as quais a empresa trabalha; os voltados às diferentes áreas internas (administrativo, recursos humanos, financeiro e assim por diante); os dedicados a clientes e até um chamado de “Ralé”, para coisas que não são profissionais, mas que movem a integração dos funcionários, como classificados e notícias que as pessoas viram.

SEGREDOS

Para atingir esse nível de aproveitamento da integração da equipe, o principal aliado da Ci&T foi, mais uma vez, a comunicação e o esforço da companhia na iniciativa de torná-la uma ferramenta importante para o crescimento.

Quando os blogs foram colocados no ar, várias campanhas de comunicação foram realizadas para estimular os funcionários a utilizarem as novas ferramentas. “Como muita gente já usava blogs e wikis fora da empresa, nós procuramos canalizar esse hábito para o propósito de fomentar o uso do
Innovation Zone“, conta Pimentel.

Outro ponto que favoreceu a iniciativa foi o fato da idéia de estimular a colaboração ter partido da Presidência, o que ajudou a Direção a analisar com bons olhos os benefícios das plataformas, que visavam a melhorar os processos e promover um fluxo mais claro de comunicação.

Pimentel acredita que a principal dificuldade a vencer no processo de inovar é sempre a de “vender” um novo projeto. Para ele, é muito comum os executivos de uma empresa analisarem as mudanças sob
a ótica dos riscos que ela podem implicar e o quanto elas são indispensáveis para o momento.
No caso da Ci&T, uma preocupação considerada antes de implantar as ações foi quanto ao vazamento de informações, por conta da abertura dos processos a todos os funcionários. Mas, para o diretor de inovação, o risco é inversamente proporcional à maturidade do grupo. Ele avalia que, quanto mais as pessoas utilizam as ferramentas, mas se acostumam com elas e mais se sentem parte do processo, o que diminui o risco.

Para colaborar com esse crescimento e integração, a Ci&T também adotou idéias surgidas dos blogs, como um novo crachá para os colaboradores. Ele ganhou um design fora do padrão. “Na minha foto, por exemplo, tem uma sombrinha de frevo”, diz Pimentel, explicando que o objetivo foi tornar o uso do crachá mais agradável. “A possibilidade de o funcionário poder optar como será sua foto ajuda
a estimular o prazer em participar da empresa”, acredita Pimentel, que aponta o fato dos funcionários se sentirem parte do processo como outro importante ganho das iniciativas.

Fonte: Revista “Meu Próprio Negócio”, Ano 8, Edição 80.

“Não deixe o ruído das opiniões de outras pessoas calar sua própria voz interior. Tenha coragem de seguir seu coração e intuição.” (Steve Jobs)


Atreva-se a ser feliz e inove! ;D

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