domingo, 13 de dezembro de 2009

O Exemplo da Coral: Tudo de Cor para o Brasil



Dentro do princípio da sustentabilidade e responsabilidade social, a Coral, uma empresa do Grupo AzkoNobel, o maior fabricante de tintas do mundo, resolveu colorir o Bairro do Bexiga, em São Paulo, através do Projeto “Tudo de Cor para São Paulo”.

A empresa acredita, e eu também, que a cor tem o poder de mudar a vida das pessoas. Daí a origem do Projeto que revitalizou antigas construções do tradicional bairro de São Paulo. Mais que novas cores para as casas, a pintura trouxe novas perspectivas para os moradores, aumentando o entusiasmo e a auto-estima à medida que as cores revelavam a beleza das fachadas, antes escondidas pelo desgaste do tempo e pela aparência cinza.




O resultado foi tão positivo que outros lugares já estão sendo pintados em todo o país. Em Pernambuco, no projeto “Reviver Recife Centro” algumas ruas foram selecionadas, em conjunto com o Centro de Dirigentes de Lojistas e com a Prefeitura da cidade, para a revitalização do centro histórico de Recife. A Coral contribuiu na parte de pintura de pisos e fachadas, capacitação de pessoal e treinamento para pintores.


No mundo, alguns projetos para colorir cidades vem trazendo frutos excelentes no comportamento da sociedade, a exemplo do Projeto de Tirana, Capital da Albânia.

No Brasil, torço para que outros empresários sigam o exemplo da Coral
e dediquem um pouco de seus recursos e tempo para ajudar a transformar as comunidades nas quais estão inseridos, as mesmas que, não por acaso, motivam a existência de suas organizações.

Claudia.

domingo, 6 de dezembro de 2009

eco4planet.com: esta idéia merece ser divulgada



Um novo conceito de buscas na Internet, o eco4planet utiliza o sistema Google Pesquisas Personalizadas, mantendo, assim, o mesmo padrão de consultas.

A inovação está na proposta ecológica do site. Desde agosto de 2009, o eco4planet efetua o plantio de árvores de acordo com o número de acessos ao portal, ou seja, a cada 50 mil acessos, uma muda vai para o solo brasileiro. Na página principal, pode-se acompanhar o contador atualizado de árvores. Para saber o local e a data dos plantios é só seguir a página do Projeto no Twitter.
A inovação não pára por aí. O portal ainda economiza energia, pois seu plano de fundo predominantemente preto permite uma economia de até 20% de energia do monitor, se comparado à tela branca.




Já o adotei como meu site oficial de buscas. E você?
;D

domingo, 29 de novembro de 2009

Setor 2.5: Lucratividade com Responsabilidade Social




“Seu Cristo é hebreu.
Sua pizza é italiana.
Suas férias são internacionais.
Sua democracia é grega.
Sua língua é latina.
Seu café é brasileiro.
Seus números são árabes.
Seu carro é japonês.
Seu relógio é suiço.
Sua cerveja é alemã...
e...
Seu vizinho é o único estrangeiro?”
(Anônimo)


O poema é um apelo para que voltemos os olhos para o nosso vizinho, aquele que está ao nosso lado, ou na próxima esquina, nos viadutos, no bairro mais próximo. Na verdade, esse vizinho pode estar em qualquer ponto da rua, do bairro, da cidade, do país e até mesmo do mundo.

Desconheço a autoria do poema, que vem assinado como “Anônimo”, mas o que importa é que seu chamado parece estar sendo atendido, através de iniciativas em diversos pontos do planeta, inclusive, no Brasil.

Emociona-me as crescentes experiências de sucesso de empreendedores cujos negócios estão voltados para o desenvolvimento sócio-ambiental.

A Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, Edição nº 250, traz uma reportagem estimulante sobre jovens empreendedores, de até 30 anos, cujos trabalhos vêm proporcionando grandes transformações, através dos chamados
Negócios Sociais
. Na introdução da matéria uma afirmação: “todos acreditam que é possível, sim, obter lucro combatendo a pobreza”.


Negócios como a Tekoha, loja virtual de artesanato produzido por 26 comunidades vulneráveis de índios do Pará e famílias do sertão baiano. Desenvolvida sob o princípio da transparência, a loja oferece infra-estrutura quanto à divisão dos preços dos produtos entre a comunidade, o transporte, os impostos e os custos administrativos. Em média, 50% da receita de venda ficam com os produtores. A loja já proporcionou exportações para a Suíça e a Polônia.

Outra experiência que merece atenção é a do Banco Pérola, instituição que empresta até R$ 1 mil para empreendedores informais de Sorocaba. O objetivo é viabilizar os projetos de pequenos empreendedores em potencial.

Um dos projetos mais interessantes é o da A Banca
, produtora cultural do Jardim Ângela, na periferia paulistana. A empresa oferece aulas gratuitas de violão e de formação de DJs. Nos encontros, através dos diálogos com os participantes, o auxílio na superação de problemas com drogas e brigas de família.
Parte desses projetos é financiada pela Artemisia, uma organização internacional que trabalha para o desenvolvimento do campo de Negócios Sociais em várias partes do mundo, principalmente no Brasil. A organização “aposta e investe no desenvolvimento de capital humano para criar ou gerenciar empreendimentos financeiramente rentáveis que trabalhem para a redução das desigualdades socioeconômicas”, conforme descreve o site da instituição.

Na esfera governamental, meus parabéns para o PROAURP – Programa de Agricultura Urbana e Periurbana da Prefeitura de São Paulo. Através do Programa, o governo municipal apóia a implantação de hortas comunitárias e escolares. No caso das comunitárias, com o apoio das subprefeituras e das lideranças locais, o PROAURP vem utilizando áreas públicas ociosas, terrenos de 500 a 5 mil m2 que estavam virando lixões. O apoio oferecido pelo governo abrange o empréstimo das ferramentas para preparo do solo, o fornecimento das sementes e o treinamento das pessoas que vão cuidar do plantio. O programa evita a degradação de terrenos ociosos em zonas urbanas, estimula a socialização, contribui para a educação ambiental, traz a produção de alimentos para perto dos moradores, complementando a alimentação de famílias da comunidade local e ainda possibilita a geração de renda, graças à venda da produção excedente.

Ainda há muito caminho a ser percorrido, mas, aos poucos, vamos aprendendo a lição. Enquanto isso, fica a reflexão: E você, já olhou para o seu vizinho hoje?



Setor 2.5 - Novo Promo from Hugo Gurgel on Vimeo

Desejo a todos uma ótima semana!
Claudia.

domingo, 22 de novembro de 2009

As seis perfeições do budismo, por Melissa Diniz



Uma passada rápida apenas para desejar uma semana repleta de vibrações positivas.
;D
Claudia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Geisy: um case de sucesso viabilizado pela “cultura” nacional



Junte uma loura no estilo Carla Perez, no início do grupo “É o Tchan”,
um vestido minúsculo,
uma universidade sem grande brilhantismo,
e os recursos da internet (ou melhor, a subutilização desses pelos movimentos sociais).
Pronto, eis a fórmula do sucesso!

Cá para nós, nosso nível anda muito baixo. Penso no desperdício de energia e na cultura inútil que vem circulando na INTERNET (Jornais, Youtube e blogs), desde o incidente na Uniban. Um povo que não se escandaliza mais com mensalões, corrupções, assassinatos, etc., ironicamente, fica indignado e até faz manifestações pelo direito de Geisy usar um vestido curto, precisa rever seus valores. Deveríamos estar em constante vigília e nos mobilizar contra as peripécias no congresso, em minha opinião, muito mais imorais e escandalosas.

Dói-me, por exemplo, assistir tribos indígenas lutando e questionando os possíveis impactos que poderão ser acarretados com a implantação da Hidrelétrica de Belo Monte, uma obra grandiosa, que envolve a construção de um desvio no curso do Rio Xingu e pode custar até R$ 30 bilhões. O lado bom? Quando concluída, será a maior hidrelétrica puramente nacional, com capacidade de gerar 11.200 megawatts de energia, que corresponde a 10% da produção elétrica nacional atual. O lado ruim? A obra vai atingir cerca de 30 mil pessoas, entre dez terras indígenas e ribeirinhas.

“Para construir um desvio no Rio Xingu, as empreiteiras devem remover uma quantidade de terra semelhante ao volume do Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, uma das maiores obras de engenharia do século XX. Os estudos de impacto ambiental sugerem a necessidade de um monitoramento futuro para determinar como ficará a região da Volta Grande do Rio Xingu após a construção da hidrelétrica. Em uma obra em que todos os números são gigantescos é difícil imaginar que o impacto será pequeno”, conforme relata a reportagem da Revista Época, edição 599.

Não sou contra o desenvolvimento, mas temos que admitir que obras dessa dimensão necessitam transparência e debate público. Afinal, estamos falando do destino de muitas vidas e do patrimônio nacional. Enquanto isso, o país fica às voltas discutindo o caso Geisy, que já pousa em capa de revista e cujo “infortúnio” vai acabar lhe rendendo alguns trocados, graças à pobreza da nossa mídia e da cultura do nosso povo. Particularmente, prefiro a Bruna Surfistinha, é mais autêntica e disse logo a que veio. Por ironia, a moça foi matéria na seção “Personagem da Semana” da Revista Época, edição supracitada.

Para os que levantaram a bandeira de Geisy, temendo ser tachado de machistas, vale salientar que o contrário de machismo não é apologia à libertinagem, trajes minúsculos e provocações. O inverso de machismo é a valorização da mulher, cuja feminilidade deve ser elegantemente ressaltada e não explorada.
Esse tipo de barulho está mais para a década de 60. Êta atrazo!!!!!!!

Para finalizar, deixo vocês com o vídeo “Levante sua Voz”, que retrata a concentração dos meios de comunicação existentes no Brasil. No desenvolvimento da reportagem, é fácil entender porque as banalidades são tão ovacionadas na nossa “cultura”.

Um grande abraço,
Claudia.

Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Philips GoGear MP4: quando as atualizações dos softwares transformam-se em problemas

Recentemente, postei algumas informações sobre como viabilizar o download de vídeos do Youtube, uma vez que a ferramenta oficial do Philips GoGear, o "Internet Video Downloader", apresentava erros sucessivos. Consegui efetuar o procedimento de download através da ferramenta "aTube Catcher". Salvava os arquivos no PC, no formato wmv, e depois utilizava o "Media Converter for Philips (da ArcSoft)" para convertê-los em smv.

Tudo estava ocorrendo bem, até que a ArcSoft informou sobre as novas atualizações. Arrependo-me de ter atualizado. Desde então, os softwares "Philips GoGear VIBE Device Manager" e "Media Converter for Philips" não reconhecem o equipamento quando conectado. Apesar do mesmo ser reconhecido pelo PC, o aplicativo sempre retorna a mensagem contida na imagem abaixo:



A versão anterior não obrigava a conexão do aparelho, tanto que, tínhamos a opção de converter e salvar no PC. Apenas quando o aparelho estava conectado, a conversão era direta para o equipamento.

Entrei em contato com a equipe de suporte da Philips e fui informada que “este sintoma pode ocorrer dependendo do que já há instalado no PC e está relacionado ao tipo de conexão utilizada pelo GoGear que, como padrão, vem no modo MTP, porém, é possível que os arquivos necessários não estejam instalados no PC, especialmente no caso do Win XP.”

Para solucionar a questão, recomendaram-me seguir os seguintes passos:

1 – Desconectar o GoGear do PC, no GoGear, acessar o menu principal, Configurações, Preferência de conexão, e selecione MSC.

2- Re-conectar o GoGear no PC (será exibida a mensagem de que um novo dispositivo foi encontrado), aguardar até que seja exibida a mensagem de que o dispositivo foi instalado e está pronto para ser utilizado, (em alguns casos será necessário reiniciar o PC). Se for o caso, o Windows irá exibir mensagem orientando o usuário para reiniciar o PC.

3- Caso não solucione o problema, manter o Gogear no modo MSC, desinstalar os softwares “Media Converter for Philips” e “Internet vídeo downloader”, utilizando o disco que acompanha o produto, reiniciar o PC, reinstalar os softwares, “Media Converter for Philips” e “Internet vídeo downloader”.


Segui todas as instruções, entretanto, o problema persiste. Apesar do PC reconhecer o equipamento, o mesmo não ocorre com os referidos softwares. Conforme mencionei, o problema teve início a partir da última atualização nas ferramentas. Consultei o site da Philips, entretanto, infelizmente, as versões anteriores não estão disponíveis.

Baixei outra ferramenta que converte vídeos wmv para smv, SMV Converter Tool, entretanto, mesmo após a conversão, os arquivos não são reconhecidos pelo Philips GoGear. Parece-me que há algum procedimento interno para que o equipamento reconheça apenas os arquivos convertidos pela ferramenta da ArcSoft. Como sou leiga no assunto, peço que os entendidos na matéria corrijam-me se estiver cometendo algum equívoco.

É uma pena que um equipamento tão bom fique inutilizado por restrições e amarrações de softwares, afinal, entendo que software não é o negócio da Philips. Essas amarrações não deveriam existir, pois, geram tantos problemas que acabam por inviabilizar o equipamento, face à insatisfação dos usuários. É lamentável e caro adquirir um MP4 que acabará se tornando um mero executor de arquivos MP3.

Por fim, sugeri a equipe a disponibilização das versões anteriores dos softwares no site da empresa, caso contrário, recomendei acionar o pessoal de qualidade para que efetue testes mais precisos, pois o Windows reconhece o hardware da Philips, mas os softwares podem se tornar um problema a cada atualização.

Estou no aguardo.

Uma ótima noite para vocês!
Claudia.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Another type of naked woman, by Martha Medeiros


Martha Medeiros is a Brazilian writer very special. I read some of her works as "Non-Stop", "Divã (Divan)", "Trem-Bala (Bullet train)" and I am finishing the reading of "Doidas e Santas (Crazies and Holies)". "Tudo que Eu Queria te Dizer (All I Wanted to Tell You," is also on the list. There is nothing to lose in her texts. In each chronicle, each chapter, the feeling we feel is that the soul was nourished and lighter. She has an incredible ease of portraying the everyday life and show how, sometimes, we are unnecessarily excessive and how we saved with really does matter: to live as best as possible, without sacrificing our core.
In the text below, a warning about the myopia with which modern society treats the female beauty. Their forms are constantly being explored, but we forget the fascination behind the stripping of their ideas, thoughts and emotions. The simplicity with taste of face washes, without artifice, without ulterior motives: the female soul.
Happy reading!

Claudia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Philips GoGear MP4: como resolver problemas de download e conversão de vídeos do Youtube



Se você tem um Philips GoGear MP4 video player SA1VBE08KX8GB e está tendo problemas para efetuar o download de vídeos do Youtube ou efetuar a conversão para o formato smv (formato padrão do Philips GoGear MP4), ou ainda os dois, não se preocupe, você não é o único.
Recentemente, adquiri o MP4 da Philips, procedi a instalação dos softwares inclusos no CD e efetuei meu cadastro no Portal da Philips (http://www.philips.com/). A princípio, as atividades de download e conversão funcionaram perfeitamente, entretanto, depois de algum tempo, os aplicativos começaram a apresentar erros. Desinstalei-os e, mais uma vez, efetuei o procedimento de instalação a partir do CD. Os aplicativos rodaram normalmente. Decorrido alguns dias, talvez ocasionado pelas atualizações do Windows Vista, o aplicativo de conversão começou a apresentar erros. Tentei nova instalação com o CD, mas não obtive sucesso.
Por fim, optei por baixar os softwares no Portal da Philips, na seção Softwares e Drivers. Baixei os dois aplicativos:
  • Software Media Converter
  • Device Manager
Como o aplicativo de download (Internet Vídeo Downloader) não funcionou, para solucionar o problema, decidi efetuar o download dos vídeos no formato WMV, através do aplicativo aTube Catcher, que pode ser baixado gratuitamente no site http://www.baixaki.com.br/ , e salvá-los numa pasta. Em seguida, abri o aplicativo de conversão, Media Converter for Philips (ArcSoft), selecionei o vídeo na pasta de arquivos e solicitei a conversão. Desde então, não tenho problemas.
Espero ter ajudado.
Claudia.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O impossível poderá ser possível



Gosto de tudo que abala minhas convicções, pois me obriga a repensar atitudes e pensamentos, tomar novos caminhos e até, se for o caso, começar tudo novamente. É uma trajetória trabalhosa, mas não conheço forma mais rica de aprendizagem e amadurecimento.

Com o tempo, vamos aprendendo o mais difícil dos desprendimentos: os hábitos. Tornamo-nos mais flexíveis e mais abertos às mudanças do ambiente. Permanecemos em estado de “prontidão”, adquirindo e desenvolvendo habilidades que nos permitem alçar vôos cada vez maiores, vencemos limitações e aprendemos que NADA É IMPOSSÍVEL!

Abraços,
Claudia.

sábado, 17 de outubro de 2009

Bar, Cafeteria, Ferramenta de Marketing, afinal, o que é Twitter?

De tanto ouvir falar no Twitter, acabei cedendo à curiosidade. São tantas as formas de comunicação e conexão oferecidas pela internet, não custa nada conhecer mais essa fórmula que, diariamente, vem atraindo novos adeptos.

Que o site transformou-se num dos mais rápidos meios de difusão de informação em tempo real, isso todo mundo já sabe. Mas, o fato é que, assim como eu, muitas pessoas desconhecem o serviço; outras, apesar de “aderirem à moda” criando uma conta, o fazem por pura curiosidade ou para se manter em circulação, sem motivos maiores. Mas, afinal, o que é o Twitter e quais suas funcionalidades? Com essa indagação acabei chegando ao site
http://www.twitterbrasil.org/ que contém um material interessante sobre o serviço, mais esclarecedor do que promocional, vale ressaltar. O texto inteligente e bem humorado é de autoria de Havi Brooks e foi publicado no Fluent Self. A tradução para o português é de Claudia Belhassof. Aí vai...



Twitter desmistificado e desmascarado

Este é um post sobre o Twitter. Sim, sim, sim. Eu disse que jamais escreveria sobre o Twitter, mas as pessoas continuam a me pedir para explicar sobre que diabos estou falando.


E estou cada vez mais cansada de pronunciar meu discurso inflamado “olha só, você está fazendo tudo errado” para as pessoas que experimentaram o Twitter e acharam sem graça ou idiota. Vai ser muito mais fácil mandar um link para elas.

Além do mais, prometi a dois leitores deste blog que são novatos no Twitter que lhes daria algumas dicas.

Começa o grande desmascaramento

Sabe de uma coisa? As pessoas falam muitas coisas ruins sobre o Twitter, mas isso acontece porque elas estão fazendo tudo errado.
Podemos culpá-las? Bem, podemos, mas, por favor, não o faça. Não é culpa delas. Eu culpo os mitos sobre o Twitter.

Sim, é absurdo que algo tão novo já tenha gerado uma pilha de mitos e lendas, mas eles estão por aí – então vamos desmontá-los. É hora de desmascarar, meus amigos.

Mito #1 sobre o Twitter: É um “microblog” ou coisa parecida.

Ah, não. O Twitter não é isso. Não é um “microblog”. Ninguém diz: “Ai, ai! Sabe do que estou com vontade hoje? De microblogar!” Eca.

(E, aliás, mesmo que tecnicamente houvesse algo chamado microblog, e daí? Microblog – para nós, que não somos consultores de mídias sociais – é uma palavra vazia, sem graça e sem sentido. Blargh.)

De qualquer maneira, não importa se é ou não, porque todo mundo está errado e, na verdade, todo o debate enfadonho sobre “Ei, o que é o Twitter?” está completamente terminado, pois o Twitter é, no final das contas, um bar.

É um bar.

É aquele bar/café local que você frequenta. Um bar/café local multidimensional.*
*Só que é online. E às vezes você conecta pelo seu celular. É, eu sei. É o futuro; aceite-o.
Por que você frequenta o bar/café local?
Porque é a sua praia. A sua praça. É onde seus amigos estão. É onde você faz novas amizades. É onde você vai porque, às vezes, ser inteligente e divertido apenas na sua mente não leva a lugar nenhum.

É sempre legal lá? Não, às vezes é uma droga. Talvez ninguém de quem você goste esteja lá. Talvez aquele novo bartender só toque músicas esquisitas. Então você vai embora. Mas volta depois porque os bons tempos são muito, muito bons.

Esse bar/café/qualquer coisa tem as pessoas mais legais do mundo e, sim, algumas que não são muito a sua praia. Ei! Cabe a você escolher onde sentar.

Se você sentar perto de pessoas que estão falando alto ao celular, soprando fumaça de charuto na sua cara ou dando em cima de você, sim, provavelmente o local será nojento e horrível.

Se você encontrar um canto onde um grupo de pessoas inteligentes e interessantes está conversando sobre coisas inteligentes e interessantes, o local será envolvente e aconchegante. E divertido.

Se você chegar e não falar com ninguém, você deve se perguntar por que simplesmente não ficou em casa tomando sua bebida preferida. Sim, nesse caso, o local será chato.

Portanto, pode ser o melhor bar do mundo ou simplesmente aquela espelunca da esquina. A escolha é sua.

Mito #2 sobre o Twitter: A idéia é responder à pergunta “O que você está fazendo?”

Não, não, não. Esse é um erro de proporções quase trágicas, involuntariamente perpetuado pelo infeliz sistema do Twitter.

Se você tentar seguir as regras to Twitter, vai se perder rapidamente. Logo de cara eles pedem para você brincar respondendo à pergunta “O que você está fazendo?” Não responda a essa pergunta! Péssimo começo. Fail.

O Twitter não é para você dizer “o que está fazendo”, do mesmo modo que as conversas no mundo real não são para você dizer “e aí, quais são as novidades?”, embora possam começar dessa maneira.

Se você tentar falar sobre o que está fazendo (a menos que você esteja encaixotando um poodle ao mesmo tempo em que anda de pernas de pau com sua trupe de poodles malabaristas), quase sempre será chato.

E a primeira regra do Twitter é “Não seja chato!

Pior: você pode querer ser honesto. Pode dizer coisas como “comendo uma banana” ou “levando meu filho ao treino de futebol”.

Lembro a você a primeira regra, citada ali em cima.

Então, o que você deve digitar naquela pequena caixa?

Bem, a pergunta que o Twitter realmente quer fazer é “O que você está pensando? Não, o que você está pensando de verdade?”
Ou: “O que você acha do que está pensando?
Ou: “Que tal deixar aquela voz na sua cabeça falar por um instante, hein?”

Sabe aquela voz interior? Aquela que faz comentários sérios sobre coisas engraçadas, significativas, palhaças e profundas que você normalmente mantém para si mesmo e ninguém chega a conhecê-la?

O Twitter é o novo lar dessa voz. É o local que essa voz frequenta. Porque essa voz precisa ter voz. Quero dizer, ela precisa de um bar.

Mito #3 sobre o Twitter: Ele consome muito tempo.

Ah, não. O Twitter não precisa ser outra ferramenta de procrastinação. Mais uma vez, acho que você está fazendo tudo errado.

Bastam apenas alguns segundos para digitar alguma coisa lá. Afinal, há um limite de 140 caracteres.

Depois você gasta de três a cinco minutos para ver o que as outras pessoas estão fazendo, e pronto.

Normalmente é um intervalo mais curto do que o buraco sem fim do “Ah, vou dar só uma olhadinha no meu e-mail”.

E aqui eu rapidamente coloco meu chapéu gigante que diz “Oi, acabei de escrever um livro sobre o fim da procrastinação” para que você confie na minha experiência no assunto. O Twitter de forma alguma é seu inimigo. Não é. É um dos poucos intervalos de boa duração que você encontra na internet.

O Twitter é uma pausa. E as pausas fazem bem à alma. Sim, ele pode consumir seu tempo. Como qualquer outra coisa. Inclusive encaixotamento de poodles. Mas, se você usá-lo com cuidado, como um entra-e-sai rapidinho, o Twitter é, na verdade, uma ferramenta de produtividade.

Uma ferramenta de produtividade divertida que também funciona como a mais esquisita e mais bem-sucedida técnica de marketing de todos os tempos, além de ser um bar. Quer mais?

Mito #4 sobre o Twitter: Não há problemas em Twitterville.

Okay, esse é um mito que eu acabei de inventar. Um mito mítico, se você assim desejar. O Twitter está muito, muito longe de ser uma região sem problemas, mas aqui estão as três questões principais e suas soluções:

(1) Assim como em qualquer bar, existem pessoas que entram para brigar. Algumas são pessoas que realmente gostam de uma boa briga e outras são trolls malvados, cheios de ódio e que gostam de magoar as pessoas.

Se você não gosta de brigas, não fique perto da mesa desse grupinho.

(2) E, como em qualquer bar, existem uns caras esquisitos que querem lhe pagar uma bebida. Você usa a linguagem do corpo para fazer com que eles se afastem (o botão de block no Twitter) e, se eles avançarem, denuncie-os a @oddfollow e ao pessoal do Twitter.

(3) E, é claro, temos a Fail Whale, a famosa baleia.

Às vezes o Twitter cai, e normalmente quando você mais precisa daquele uísque ou café ou qualquer coisa metafórica e suas mãos estão tremendo. É hora de enfrentar o fato de que você está viciado no Twitter. Não se preocupe. Você não está sozinho.

Pegue as bobagens que você ia espalhar pelo mundo e transforme em um post. Mais tarde o Twitter volta ao ar. Faça parte do Fail Whale Fan Club. (Não estou brincando, existe um fã clube da baleia.)

Ou você pode simplesmente ir até o site IsTwitterDown.com e apertar o botão de refresh várias vezes seguidas, como um rato pulando por uma bolinha de comida apetitosa. Todos passamos por isso. Não se preocupe. Você vai ficar bem.

Vejo você na happy hour, viu?

Se quiser me seguir, meu username é @havi. Só para você saber, às vezes eu falo coisas terrivelmente inadequadas que eu jamais diria aqui. Porque o Twitter é um bar.

E também é meu local favorito na internet. É onde aquela voz na minha cabeça gosta de ficar. E eu normalmente vou aonde ela vai.

Se você quiser que eu o siga, fale sobre poodles. Ou puxe assunto. Eu não mordo.
Agradecimentos especiais a Laura Fitton (@pistachio), que acidentalmente inspirou este post por ser uma pessoa muito legal.
E o que os brasileiros estão achando do Twitter, William Bonner?
Agora, é só explorar as potencialidades do serviço.
Claudia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

THE INNOVATION ZONE - O sucesso das inovações na CiT

Inovar é, antes de tudo, um ato de libertação. É romper com as regras, com os paradigmas, com o "modus operandi". Ousar no pensamento e na criatividade, sem, contudo, perder o foco no objetivo pretendido. Nesse processo, o compartilhamento de idéias, além de enriquecer a experiência, auxilia na constância de propósito.

Na era "wiki", onde a colaboração em massa vem se mostrando uma poderosa aliada na transformação dos negócios, a Ci&T (www.cit.com.br), empresa especializada em softwares customizados, decidiu incorporar o conceito ao descobrir que inovar na comunicação e integração da equipe ajuda a elevar a rentabilidade. Através do Projeto chamado Ci&T 2.0 – The Innovation Zone, a empresa tem premiado colaboradores e gerado economia de mais de US$ 200 mil, por meio de idéias inovadoras.

O modelo de blogs no ambiente wiki da empresa tem proporcionado a geração de idéias, simultaneamente, nas diversas áreas (Administrativa, Recursos Humanos, Financeira, etc.).

A experiência da companhia foi matéria da Revista "Meu Próprio Negócio", com o título "O Poder da Comunicação", cujo conteúdo segue abaixo.

O Poder da Comunicação
O mercado ensina que a inovação é fundamental para qualquer empresa se manter sustentável. Mas inovar exatamente onde? Como? Quanto isso vai custar? Inovar não é uma fórmula, com começo, meio e fim, assim como nem sempre tem um valor definido. É uma cultura corporativa de sempre procurar melhorar. E as ações podem ser inclusive simples, como descobriu a Ci&T, fundada em 1995 a partir da iniciativa de Bruno Guiçardi, Cesar Gon e Fernando Matt, alunos de engenharia da computação da Universidade de Campinas (Unicamp).

A empresa, especializada em desenvolvimento de softwares customizados, comprovou que a adoção de ferramentas de comunicação, como um blog e uma intranet, pode ajudar, e muito, na meta de envolver todos os funcionários a pensar novas maneiras de fazer as coisas e ampliar a oferta de serviços para seus clientes.

Há pouco mais de um ano, a companhia de Campinas-SP adotou a intranet baseada em blogs e wiki (conteúdo editado de maneira coletiva, como a Wikipédia). A iniciativa visava a democratizar o acesso às informações e a levar conversas restritas a grupos da equipe ao conhecimento de todos e, assim, fomentar a colaboração a favor de resultados.
O investimento para ter uma intranet varia de acordo com a ferramenta escolhida para construir o sistema e conforme a complexidade do projeto. Mas, como investimento inicial para a construção, pode-se considerar um montante de R$ 3 mil e R$ 7 mil e não esquecer que há a necessidade de uma manutenção mensal, especialmente no que diz respeito à segurança.

No modelo criado pela Ci&T, as pessoas postam idéias e propostas e se comunicam umas com as outras. “Uma dinâmica propícia para detectar novas oportunidades”, garante Flávio Pimentel, diretor de inovação da empresa.

Mas ele lembra que as ações voltadas à colaboração e à inovação devem fazer sentido para o negócio, considerando as particularidades do mercado em que a companhia está inserida. “Antes de pensar em colocar uma inovação em prática, é preciso observar as variáveis das ações e a necessidade da empresa”, pondera.

Uma delas é a especificidade do segmento no qual a empresa atua. A inovação no setor de serviço é diferente dos demais. Nele, os processos podem ser mudados mais facilmente e, portanto, a inovação acontece de maneira mais rápida. No modelo industrial clássico, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento exigem, geralmente, um prazo maior.


RESULTADOS

Pimentel conta que hoje a adesão ao Innovation Zone – ambiente de blogs criado em março de 2007 – é maciça e o modelo já trouxe resultados. A partir das conversas surgidas nele, a empresa modificou a metodologia de fabricação de software. “Dos blogs, saiu um grupo de pessoas que se identificou com a idéia de modificar a metodologia de desenvolvimento de software para a produção lean, criada pela Toyota. Esse grupo passou a reunir-se fisicamente para discutir os rumos da mudança”, conta.

Com isso, a Ci&T acabou transpondo o processo de ciclos mais curtos de produção e redução do estoque ao mínimo e passou a desenvolver e entregar os softwares em diferentes períodos, antecipando a possibilidade do cliente usufruir de partes do sistema.

O trabalho de desenvolvimento, que demora seis meses para ficar totalmente pronto, por exemplo, passou a ser dividido em módulos e entregue com prazos distintos. “Sem a necessidade de esperar todo o sistema ser finalizado, nossos clientes passaram a usufruir seu investimento em um prazo mais curto, antecipando o proveito do produto, fosse no uso de um cadastro, um formulário para relatório ou uma parte de gestão de estoque”, destaca Aminadab Nunes, diretor de tecnologia da Ci&T.
O Innovation Zone é dividido em grupos. Há aqueles dedicados às diversas tecnologias com as quais a empresa trabalha; os voltados às diferentes áreas internas (administrativo, recursos humanos, financeiro e assim por diante); os dedicados a clientes e até um chamado de “Ralé”, para coisas que não são profissionais, mas que movem a integração dos funcionários, como classificados e notícias que as pessoas viram.

SEGREDOS

Para atingir esse nível de aproveitamento da integração da equipe, o principal aliado da Ci&T foi, mais uma vez, a comunicação e o esforço da companhia na iniciativa de torná-la uma ferramenta importante para o crescimento.

Quando os blogs foram colocados no ar, várias campanhas de comunicação foram realizadas para estimular os funcionários a utilizarem as novas ferramentas. “Como muita gente já usava blogs e wikis fora da empresa, nós procuramos canalizar esse hábito para o propósito de fomentar o uso do
Innovation Zone“, conta Pimentel.

Outro ponto que favoreceu a iniciativa foi o fato da idéia de estimular a colaboração ter partido da Presidência, o que ajudou a Direção a analisar com bons olhos os benefícios das plataformas, que visavam a melhorar os processos e promover um fluxo mais claro de comunicação.

Pimentel acredita que a principal dificuldade a vencer no processo de inovar é sempre a de “vender” um novo projeto. Para ele, é muito comum os executivos de uma empresa analisarem as mudanças sob
a ótica dos riscos que ela podem implicar e o quanto elas são indispensáveis para o momento.
No caso da Ci&T, uma preocupação considerada antes de implantar as ações foi quanto ao vazamento de informações, por conta da abertura dos processos a todos os funcionários. Mas, para o diretor de inovação, o risco é inversamente proporcional à maturidade do grupo. Ele avalia que, quanto mais as pessoas utilizam as ferramentas, mas se acostumam com elas e mais se sentem parte do processo, o que diminui o risco.

Para colaborar com esse crescimento e integração, a Ci&T também adotou idéias surgidas dos blogs, como um novo crachá para os colaboradores. Ele ganhou um design fora do padrão. “Na minha foto, por exemplo, tem uma sombrinha de frevo”, diz Pimentel, explicando que o objetivo foi tornar o uso do crachá mais agradável. “A possibilidade de o funcionário poder optar como será sua foto ajuda
a estimular o prazer em participar da empresa”, acredita Pimentel, que aponta o fato dos funcionários se sentirem parte do processo como outro importante ganho das iniciativas.

Fonte: Revista “Meu Próprio Negócio”, Ano 8, Edição 80.

“Não deixe o ruído das opiniões de outras pessoas calar sua própria voz interior. Tenha coragem de seguir seu coração e intuição.” (Steve Jobs)


Atreva-se a ser feliz e inove! ;D

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Microsoft lança plataforma para smartphones



A Microsoft lançou mundialmente no dia 6 (terça-feira) o seu novo sistema operacional para celulares, o Windows Mobile 6.5. Com ele, a empresa dá um grande passo para sair de seu tímido desempenho nos mundo dos smartphones. Inaugurando o conceito de “Windows phone” (aparelhos que utilizam o sistema operacional Windows Mobile 6.5), e uma loja online para comprar aplicativos, a MS fez uma parceria com a operadora de celulares TIM, e três novos modelos estarão nas lojas a partir do mês que vem.
Junto com o Windows Mobile 6.5, a MS inaugura a Windows Marketplace for Mobile, uma loja de aplicativos. Porém, diferentemente da Apple, que já tem 85 mil aplicativos diferentes, são apenas 200 aplicativos oficiais. Windows Live Messenger, Facebook, MySpace e Flickr estão lá, mas só com o tempo essa oferta vai aumentar. Usuários podem desenvolver aplicativos, e de acordo com a empresa eles serão avaliados em até cinco dias úteis, e caso aprovados, entrarão na loja.



Alguns aplicativos são gratuitos, e os outros custam de R$1,80 a R$90 (US$0,99 a 49,99). Estes podem ser pagos por cartão de crédito ou debitados na conta do celular. Por conta do processamento paralelo do sistema, pode-se fazer outras funções enquanto se baixa um aplicativo.
Uma bola dentro da Microsoft é o My Phone, serviço gratuito de backup de dados. Ele sincroniza os dados do telefone (como contatos, compromissos, textos e fotos) com um website protegido por senha. Quanto aos programas do Office, é possível editar arquivos de Word e Excel, mas apenas visualizar PowerPoint.

A partir de novembro, a TIM vai oferecer o sistema em três aparelhos diferentes, o Samsung Omnia II, o HTC Touch2 (ambos touchscreen) e o LG GW550 (teclado). Os modelos custarão de R$1.200 a R$2 mil em planos pré-pagos, e para pós-pagos haverá descontos proporcionais à mensalidade. Outras operadoras só vão oferecer o Windows Mobile a partir do ano que vem.

Fonte: http://colunas.galileu.globo.com/blogdagalileu/

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ama, Credi e Vai, Andrea Bocelli


 
Andrea Bocelli
Todas as vezes que ouço sua interpretação
fico sem palavras, por causa da emoção que transmite.
Gostoso é fechar os olhos e viajar na canção, mas, neste caso
em especial, aconselho manter a mente, o coração e os olhos
atentos até o final desta belíssima apresentação, que marca

o encerramento do show "Under The Desert Sky".


Com essa canção, desejo uma semana especial a todos. Abaixo segue a letra no original (italiano) e na tradução para o inglês.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Amanhã eu faço, por Rafael Tonon


Faz uns 40 minutos que eu liguei o computador e abri um novo documento no Word na tentativa de começar a escrever este texto. Mas, antes de sentar aqui, na minha mesa, enfrentar a temida página em branco e começar a digitar estas letras, fui à cozinha preparar um café para ficar mais concentrado. Aproveitei para roubar uma bolacha do pote de vidro de cima da pia e puxei um assunto qualquer com a Cris, a moça que trabalha em casa. Na volta para o meu quarto, já com a xícara de café na mão, passei pela sala e espiei as manchetes do jornal que estava em cima da mesa. Não hesitei: puxei a cadeira e fiquei ali, lendo as notícias do dia. Quando voltei ao computador, abri logo meu correio eletrônico, dei um “enviar e receber” nos meus e-mails e acabei me distraindo ao responder às mensagens que chegaram. Depois que eu terminei, fui lembrar do arquivo à espera do meu texto... “Chega de protelar”, pensei. “É hora de trabalhar.”
Aposto que você, quando pegou a revista para ler, também deixou algumas tarefas para segundo plano: lavar a louça acumulada na pia (sempre ela), dar um telefonema, guardar no armário a roupa passada (ou colocar para lavar a roupa suja)... Enfim, algo deve ter ficado para mais tarde – ou para amanhã, dependendo da intensidade da sua falta de vontade de realizar determinadas coisas. Toda hora, temos que decidir o que fazer. E, para cada coisa que fazemos, há uma relação de coisas não feitas. E isso é bem comum, principalmente nos dias atuais, em que as tarefas parecem se multiplicar nas nossas agendas. Tão comum, aliás, que existe até um termo criado para explicar esse comportamento demasiado humano: procrastinação, que, do latim, significa “postergar, atrasar, demorar, adiar, delongar”.
A psicologia moderna já descobriu que 80% das pessoas procrastinam com certa frequência (se computarmos as que procrastinam de vez em quando, o número certamente sobe para 99,9%). O que nos leva a concluir que o nível de popularidade dessa tendência comportamental está mais em alta que a de muitos políticos por aí. Isso porque a procrastinação está presente em todas as áreas da nossa vida, do trabalho às questões pessoais. Procrastinamos a dieta, a arrumação dos armários, o check-up médico, o envio daquela cotação a um cliente, a entrega da declaração do Imposto de Renda. (Esse último item, aliás, vale um parêntese: este ano, a Receita Federal deu dois meses para receber as declarações dos contribuintes. A dez dias do prazo final, nem metade dos brasileiros que precisam declarar seus bens tinha enviado o documento ao governo. Sim, nós deixamos mesmo as coisas para a última hora.)
Estamos nessa
Ou seja, postergar nossos afazeres é bem mais normal do que poderíamos supor. Quem garante é o psicólogo Joseph Ferrari, da Universidade De Paul, do estado americano de Illinois, e um especialista no assunto. Ele estudou esse comportamento em países tão distintos como Austrália, Estados Unidos e Venezuela para comprovar que não se trata de algo cultural, mas de conduta intrínseca ao ser humano. “É um comportamento que é considerado tão natural na nossa sociedade que a maioria de nós começa o dia procrastinando, ao apertar aquele botão do despertador que permite que fiquemos na cama por mais cinco minutinhos”, diz. “Procrastinamos o tempo todo sem nem mesmo perceber que o fazemos.”
Em pequena escala, empurrar com a barriga pode ser plausível. Afinal, há mais coisas a serem feitas do que qualquer um poderia dar conta em um único dia. Lembrar-se disso já é uma boa forma de ver a procrastinação com bons olhos, sem nos culparmos por não conseguirmos resolver todas as tarefas que a vida nos impõe. Não há mal nenhum em deixar para amanhã a renovação da carteira de motorista, o banho do cachorro ou a ida à costureira para pegar as roupas que ficaram prontas. O problema é quando se preterem muitas das tarefas. Ou então quando se adiam algumas delas por tempo demais.
O publicitário Sérgio Katz só se deu conta de que precisava parar de postergar os seus compromissos quando isso passou a lhe causar uma série de prejuízos – inclusive financeiros. Num curto intervalo de tempo, ele perdeu voos e a revisão gratuita do carro, pagou a academia de ginástica por meses sem nem ir sequer uma única vez e adiou incontáveis consultas e exames médicos. “Mas, de todas, a penalidade mais significativa era a tensão gerada e a energia que eu desperdiçava ao conviver permanentemente com uma preocupação sem resolvê-la de fato”, diz. Quem procrastina sempre tem a ilusão de que adiar o problema é uma forma de solucioná- lo por enquanto. É como se o escondesse debaixo do tapete para, na próxima faxina, lidar novamente com ele. Mas a questão é que os problemas não deixam de existir na mente de quem os adia. E, o que é pior, alguns deles tomam proporções maiores com o passar do tempo. Se você deixar para cortar a grama no mês que vem, pode ter um esforço maior do que teria se a aparasse hoje. Esta é a percepção que o procrastinador não consegue enxergar: deixar para depois é quase sempre mais custoso.
O adiamento de algumas tarefas acaba virando uma bola de neve. Sem conseguir controlar o próprio tempo e as próprias ações, a pessoa percebe que os dias passam sem que ela tenha conseguido lidar de fato com as situações, causando uma angústia enorme. Sérgio diz que sempre foi de deixar as coisas para depois, como estudar de última hora nas vésperas das provas, quando ainda era um aluno do Ensino Médio. Mas, com a chegada da vida adulta e o acúmulo de responsabilidades que ela trouxe, ele tem que aprender a se refrear a cada dia. “Hoje, cada vez mais, concordo com uma música da Legião Urbana que fala que ‘disciplina é liberdade’”, conta.
A tal prioridade
Mas, se a procrastinação pode causar tantos danos, por quê, afinal, nós deixamos para amanhã o que devemos ou podemos fazer hoje? Segundo Ferrari, temos a tendência de postergar tudo o que parece ser tedioso, demanda muito trabalho, não é para hoje. Ou o que não nos dê prazer imediato. A procrastinação é um embate entre o tempo psicológico, estabelecido pelos nossos desejos, e o tempo social, que é o marcado pelo do tique-taque constante do relógio. E ela pode estar relacionada a diferentes razões. Uma é a falta de autocontrole, que faz com que as pessoas acabem adiando atividades para as quais deveriam dar prioridade, justamente por agir de forma impulsiva e perder o senso crítico e racional da situação.
São pessoas que dizem gostar de trabalhar sob pressão ou resolver as coisas no limite do tempo. E afirmam ter um desempenho melhor dessa forma. Está certo que, enquanto o jogo está valendo, é possível fazer um gol até os 45 minutos do segundo tempo. Mas a chance de vencer uma partida com um gol de última hora é muito mais uma questão de sorte do que de bom desempenho. Nesse minuto final tão decisivo para o placar, é possível perder o passe, ter a bola roubada, errar o chute. Aí não há mais tempo hábil para reverter o jogo. “Essas pessoas nem sempre gostam de trabalhar assim, mas por ter dificuldade de estimar o próprio tempo e, por isso, deixar as coisas para a última hora, têm que entregar tudo sob pressão e fingem gostar disso”, diz Ferrari. Na maioria das vezes, elas não conseguem calcular racionalmente o período necessário para a realização de uma tarefa, deixando-a, então, para os momentos finais.
No ambiente de trabalho, é comum agirmos pautados pelas prioridades. Ainda mais hoje, em que tudo parece ser ainda mais urgente. “O senso de urgência teve sua referência alterada. Tudo é muito rápido, tudo é para ontem, tudo tem que ser agora. Do contrário, podemos perder clientes, dinheiro, posição ou até status”, diz o consultor de recursos humanos Marcos Nascimento. Mas essa mudança no parâmetro de urgência afetou todos nós de forma negativa. Tanto que não podemos conviver com a ideia de deixar para amanhã a resposta a um email que não é tão importante assim. Na ânsia de fazer tudo e mostrar para o chefe que dão conta de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, as pessoas acabam postergando as tarefas que deveriam ser fundamentais. “A tendência que temos em glamourizar o estresse influencia muito nossas decisões. Daí, como temos muitas coisas consideradas urgentes, é bem provável que coisas cruciais, realmente importantes, fiquem negligenciadas”, afirma.
Ou seja, esse novo senso de urgência está fazendo com que nos tornemos mais procrastinadores ao adotarmos a ideia de que tudo é impreterível. Não é: há coisas mais urgentes do que outras. E estabelecer essa hierarquia de prioridades, apesar de difícil, é primordial para que as tarefas importantes sejam feitas com a dedicação que elas exigem. Estudos indicam que, quanto mais detalhada e objetiva for uma tarefa, mais chances temos de realizá-la. Se, ao contrário, percebemos uma atividade como distante do aqui e agora, tendemos a deixá-la para ser resolvida em um futuro vago, para quando sobrar um tempo – se é que vai sobrar. Por isso, é mais fácil procrastinarmos uma intenção (como começar a estudar italiano) do que uma tarefa (entregar um orçamento). Criar prazos e termos concretos é uma forma de nos impulsionarmos a pôr a mão no batente e seguir em frente – seja no que for. Se os editores desta revista não me dessem um prazo, dificilmente eu estaria contando o que eu apurei nesta reportagem para você neste momento. Provavelmente, ia continuar a me distrair com o jornal ou até com outros afazeres acumulados. Porque os prazos nos ajudam a vislumbrar o que tem que ser feito. E fazer!
Tomar decisões
Mas nem todo mundo consegue ter essa visão prática da vida. Tenho uma amiga que vive uma grande dificuldade nesse sentido. Não que ela não saiba o que é preciso fazer. Ela sabe – e faz muitas delas, principalmente no trabalho, onde todos nós costumamos ser mais responsáveis. Mas muitas vezes ela procrastina por não conseguir tomar uma decisão acertada das coisas. Desde que eu conheço a Carla (como ela pediu para chamá-la aqui), ela sempre foi assim: atrasada para todos os encontros e compromissos, ela tem um verdadeiro guarda-roupa no carro justamente por nunca conseguir ir para casa se trocar. Em aniversários e comemorações, ela não compra o presente de última hora: compra no outro dia, quando o aniversário já passou. Há duas semanas, a vi online no MSN e perguntei se ela permitia que eu contasse a história dela aqui, já que não conhecia uma pessoa mais procrastinadora. Ela gostou da ideia, mas precisaríamos conversar outra hora porque ela tinha que pagar uma conta pela internet ainda naquele dia. Detalhe: eram 23h40 da noite. “Sou enrolada mesmo,. Fico adiando e quando vejo passou da hora. Se eu sei que tenho 15 minutos para fazer alguma coisa, eu uso os 15 minutos cheios e ainda aproveito mais uns dez minutos que usaria para outra coisa”, admite.
Não pense que a Carla se vangloria por ser assim, não. Se pudesse, ela seria bem mais organizada e decidida. “Quando consigo me organizar e antecipar as coisas, sinto uma satisfação muito grande. Mas quase nunca consigo”, diz. E essa impossibilidade não está ligada somente aos afazeres e compromissos, mas à vida pessoal. Em um relacionamento há cerca de oito anos, ela já não se sente tão envolvida, mas não consegue dar um ponto final à relação. “Nos últimos dois anos, o problema só se agravou. Eu continuo adiando, adiando e adiando. Mas eu simplesmente não enxergo o dia em que essa decisão terá que ser tomada. Fico buscando caminhos, saídas, soluções. Tudo para evitar cada vez mais algo que é inevitável”, conta.
Carla faz parte de um grupo de pessoas que procrastinam por não conseguir tomar decisões porque não decidir, na cabeça delas, as absolve das responsabilidades que viriam com tais decisões. E, para não sofrer as consequências, preferem ficar estacionadas. A maioria de nós também é assim: temos a necessidade imperiosa de evitar ou desprazer a qualquer custo. Preferimos, muitas vezes, a agonia da espera, em lugar de fazer de uma vez o que precisamos, principalmente se for para nos causar qualquer tipo de sofrimento. Não conseguimos ter o distanciamento necessário para estabelecer uma relação entre esforços e resultados e perceber que o sofrimento, muitas vezes, vem em decorrência de uma mudança mais positiva. E que causaria muito mais prazer para nós mesmos.
Sem medo de arriscar
Segundo Ferrari, essa questão está ligada a nossa baixa autoestima e nossa insegurança. E, por causa delas, acabamos protelando por evitar o medo de não termos o sucesso esperado em algumas tarefas. “As pessoas com essas características são muito preocupadas com o que os outros pensam delas. Dessa forma, preferem que pensem que ela é displicente e tem problemas em se esforçar para agir do que percebam que, no fundo, elas não têm habilidade para isso”, explica. Quem se lembra da história de Joe Gould sabe bem o que isso significa. Gould era um boêmio culto que vivia como um mendigo pelas ruas de Nova York entre as décadas de 1940 e 50 sem dinheiro no bolso e com uma ideia fixa na cabeça: escrever uma obra monumental que ele tinha intitulado de História Oral do Nosso Tempo. O livro seria o maior já escrito no mundo e reuniria ensaios e conversas ouvidas por ele em suas andanças pela metrópole americana.
Gould tinha certeza de que a obra faria dele um grande escritor e historiador dos tempos modernos, um nome para ser lembrado pela posteridade. Sua vida foi contada pelo repórter Joseph Mitchell, um dos maiores nomes do jornalismo literário, em dois perfis publicados na revista New Yorker – e depois reimpressos no livro O Segredo de Joe Gould. Sem querer ser um estraga- prazeres, revelando o segredo de Gould aqui, é imperativo: a História Oral não existia, era uma mentira forjada por Gould. Ele nunca chegou a escrever um rascunho do livro, apesar de propagar em conversas a grande obra-prima em que estava trabalhando. “A História Oral era seu salva-vidas, o único meio de se manter à tona”, escreveu Mitchell sobre seu personagem. “Se ele a tivesse escrito, provavelmente não haveria de ser o grande livro que andara apregoando para cima e para baixo”, acredita seu biógrafo.
Por achar que o livro propriamente dito fosse ser inferior à ideia que ele tinha (e fazia os outros terem), Gould recuou e preferiu viver por trás da máscara de um grande escritor sem nunca tê-lo sido. “É normal as pessoas se sentirem paralisadas quando algo parece ser maior do que elas. Acabam procrastinando porque exigem tanto de si próprias numa tarefa que acabam com medo de enfrentá-la”, afirma o psicoterapeuta e filósofo Ari Rehfeld.
O perfeccionismo exacerbado tem a capacidade de nos fazer desistir ou postergar por um tempo ilimitado nossos afazeres, desejos e intenções. “Dê-se a chance de realizar algo bom e não necessariamente ótimo. Experimente começar a fazer para só depois avaliar. Permitir começar já é um grande passo”, aconselha Rehfeld. Claro que é preciso ter consciência das limitações e habilidades para o que se está disposto, mas se vencermos o que nos paralisa e nos desviarmos das distrações que nós mesmos colocamos todo dia em nossa vida, já teremos meio caminho andado para enfrentar qualquer situação. Nem que seja, como no meu caso ou no de Gould, uma temida página em branco.
Xô, procrastinação
CRIE PRAZOS: Eles são importantes para nos organizarmos mentalmente e termos claro que não podemos enrolar para sempre para fazer as coisas e cumprir os compromissos.
DÊ-SE RECOMPENSAS: Permita ficar meia hora batendo papo para algumas horas seguidas trabalhadas ou prometa-se um presente quando estiver na metade do projeto. Isso ajuda a se esforçar mais.
CONCENTRE-SE: A forma mais fácil de procrastinar é se distraindo. Dê atenção às tarefas. E evite telefones, e-mails e tentações da internet.
FAÇA LISTAS: Coloque tudo o que você tem ou deseja fazer no papel. Mas seja sincero mesmo: elimine as tarefas que você não planeja realizar nunca, mas vai acumulando.
NÃO MISTURE: Faça listas diferentes para prioridades do trabalho e dos afazeres domésticos, por exemplo. Senão as urgências do trabalho vão sempre ficar em primeiro lugar.
ABRA O JOGO: Se você acha que não vai dar conta de uma tarefa, seja honesto: fale das suas dificuldades. Mas, se possível, tente fazê-la. Você pode se surpreender.
Fonte: Revista Vida Simples - Edição 83 - Setembro/2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Felicidade Interna Bruta - FIB


Evoluímos tanto em tecnologia, mas, se tem uma coisa da qual tenho certeza é que, apesar das campanhas, dos "modismos filosóficos", que tanto pregam a qualidade de vida, o fato é que, cada dia, perdemos mais a nossa. Vivemos ansiosos, ocupados, preocupados, somos acometidos pela síndrome do pânico e, o que é pior, tudo isso muito cedo, crianças e adolescentes não escapam. Diariamente somos massificados, banalizados, comercializados e vamos perdendo os valores que interessam. O Butão saiu na frente ao desenvolver o índice FIB - Felicidade Interna Bruta. O conceito vai além das práticas comumente adotadas e vem sendo utilizado na esfera pública, empresarial e até pessoal.

Lideranças em diversos países têm questionado o índice do Produto Interno Bruto - PIB, uma vez que o mesmo não consegue avaliar riquezas naturais ou nível de felicidade das pessoas. O índice usado no Butão, o FIB, mostrou-se eficiente no desenvolvimento daquele país, pois mede o progresso levando em consideração as dimensões sociais, ambientais, espirituais e econômicas, conforme trata o texto de Marcos Arruda a seguir.

" Por quê nós medimos o sucesso das nações por sua produtividade -- em vez da felicidade e o bem estar de sua população?"

.Nic Marks: O Índice Planeta Feliz:



Felicidades e boa noite!
Claudia.