quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Felicidade Interna Bruta - FIB


Evoluímos tanto em tecnologia, mas, se tem uma coisa da qual tenho certeza é que, apesar das campanhas, dos "modismos filosóficos", que tanto pregam a qualidade de vida, o fato é que, cada dia, perdemos mais a nossa. Vivemos ansiosos, ocupados, preocupados, somos acometidos pela síndrome do pânico e, o que é pior, tudo isso muito cedo, crianças e adolescentes não escapam. Diariamente somos massificados, banalizados, comercializados e vamos perdendo os valores que interessam. O Butão saiu na frente ao desenvolver o índice FIB - Felicidade Interna Bruta. O conceito vai além das práticas comumente adotadas e vem sendo utilizado na esfera pública, empresarial e até pessoal.

Lideranças em diversos países têm questionado o índice do Produto Interno Bruto - PIB, uma vez que o mesmo não consegue avaliar riquezas naturais ou nível de felicidade das pessoas. O índice usado no Butão, o FIB, mostrou-se eficiente no desenvolvimento daquele país, pois mede o progresso levando em consideração as dimensões sociais, ambientais, espirituais e econômicas, conforme trata o texto de Marcos Arruda a seguir.

" Por quê nós medimos o sucesso das nações por sua produtividade -- em vez da felicidade e o bem estar de sua população?"

.Nic Marks: O Índice Planeta Feliz:



Felicidades e boa noite!
Claudia.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cuide-se, por Soninha Francine

É muito gostoso ter alguém
para cuidar da gente. Mas
quem está sempre à mão
no fim é a gente mesmo.



Oh how I need/Someone to watch over me...” Já cantei muitas vezes esses versos. Há várias gravações da canção dos irmãos Gershwin, e uma das minhas favoritas é a do Chet Baker, com sua voz suave e triste. Não são raros os momentos na vida em que tudo o que eu quero é ter alguém (someone) para cuidar de mim (watch over me).

Nada muito complexo: que me faça um chocolate quente, massagem nos pés, deite minha cabeça no colo e não me deixe pensar nem mais um minuto em trabalho. Que fale se eu quiser ouvir; que se cale se perceber que eu preciso de silêncio. E o que é melhor: sem que eu peça, “simplesmente” adivinhando tudo.

E não é que às vezes acontece? Uma amiga, namorado ou uma das filhas resolve me dar um presente efêmero e incomparável – 15 ou 20 minutos de mimo, luxo, mordomia. “Deita aí, mãe, e põe o pé no meu colo.” Delícia!

Na falta de alguém que se disponha a essa gentileza, o jeito é se cuidar. Pagar uma massagista, pedir um chocolate em um lugar agradável, deitar um segundo ao ar livre e deixar o sol da manhã derreter os pensamentos ruins.

Impossível? Não há massagista, dinheiro, lugar agradável ou espaço ao ar livre por perto? Só o que eu posso dizer é... se vire! Na falta de um café parisiense, o boteco da esquina pode servir para agradáveis minutos consigo mesmo. Uma passada na banca de revistas, um cartão-postal escrito para um amigo distante (ou próximo!) junto com um café com leite podem proporcionar sensações tão reconfortantes quanto aquela cena de filme com que você sonhou.

Como sempre, não estou falando com vocês aí, estou escrevendo para ver se eu escuto! Incrível como tenho dificuldade de me conceder 5 minutos para recuperar as forças, arejar a cabeça, destravar as mandíbulas. Claro que essa não é a solução para minha vida tensa e desequilibrada, mas já é um começo. Dizer “agora não” para o resto do mundo e me alongar, saborear uma fruta, passear os olhos sobre as fotos de um lugar bonito em alguma parte do mundo desencadeiam um processo de atenção comigo que não vai me atrapalhar, ao contrário.

Alimentada e relaxada, posso de novo ficar atenta ao trabalho. Quando dói alguma parte do corpo, mal conseguimos nos concentrar em outra coisa e procuramos de algum modo aliviar a dor. Quando o desconforto é de outro tipo – tensão, ansiedade -, por que não buscar alívio imediato também? Não adianta pensar “daqui a dois meses terei férias”, ou “alguém precisa cuidar de mim”.

E, só para não virar fanática do auto-cuidado, é bom sempre reparar no outro e em seus desejos de carinho e atenção. Afinal, também podemos ser “someone to watch” over him, her, them...



Fonte: Revista Vida Simples, Edição 84 - outubro/2009

Ah!... hoje estou me sentindo assim, mas, enfim, uma boa leitura, acompanhada de boa música, faz milagres! ;D
Claudia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De caneta BIC a vaso para flores (Daisy Vase)



Se há algo que me encanta são idéias criativas originadas de recursos simples.
Uma velha conhecida nossa, a caneta BIC, foi transformada em um vaso para flores, após aquecida até o ponto em que o plástico se torna maleável. Em seguida foi fundida à mão, da mesma forma como o vidro, para produzir uma pequena bolha de água, a base do vaso.

A delicadeza da flor dá o toque final que justifica o invento.

O design é assinado por Jess Giffin e Jim Termeer e está disponível no DesignBoom.com.



Não ficou uma graça? ;D

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mudança das Estações



Hoje não tenho pressa.
Meus sentidos apontam
para outras direções.
A mudança de freqüência exige desprendimento, serenidade,
ampliação das sensações e percepções.
Hoje, o céu surge vestido de um esplêndido azul.
O mar convida-me a um mergulho profundo e
revelador; um mergulho na alma.
Hoje, os pássaros me recebem com intensa alegria,
entoando canções que ensinam saudações para um novo dia.
Final do inverno, período de transição,
onde as nuvens abrem passagem para os raios de sol,
que nos abraça quente e aconchegante, iluminando
nossos pensamentos, sentimentos e ações.
O inverno não se despede triste; ao contrário,
exibe um glorioso espetáculo de alegria e recepção,
oscilando entre o cinza e o colorido,
preparando-nos para a primavera, que se aproxima de mansinho.
O cenário está pronto, hora de remexer os interiores,
fazer faxina, reciclar, recomeçar, transformar, mudar...
Hoje não tenho pressa...
estou em conexão com a natureza
entrei em fase de renascimento.
- Claudia Coutinho -

domingo, 13 de setembro de 2009

"The High Line", um magnífico Retrofit



Que a Revolução Tecnológica trouxe ganhos fabulosos à Ciência, à Medicina, às Artes, à Educação e à Gestão Organizacional, somente para citar alguns, é indiscutível. Entretanto, atribuo o maior ganho aos questionamentos originados na era digital, os quais vêm acarretando uma nova paisagem econômica e cultural, ao mesmo tempo em que desafia a nossa suposição básica sobre motivação e comportamento humano.

Muito se tem escrito sobre os efeitos da INTERNET na vida do ser humano. Os temas, sempre inesgotáveis, oscilam entre o isolamento do indivíduo à integração desses em comunidades com os mais diversos fins. Sobre estas últimas gostaria de chamar a atenção.


O trabalho de algumas dessas comunidades, que permite unir pessoas com idéias e interesses comuns em diversos pontos do planeta, tem gerado frutos memoráveis, viabilizados pelo exercício contínuo de valores como colaboração, solidariedade, compartilhamento, amor e respeito às pessoas e ao meio ambiente.


Estamos na era to “Retrofit”, em que o conceito de restauração vem sendo substituído pelo de revitalização. Restaurar é recuperar estruturas, mantendo-as fiéis ao estado original, sem agregar valores adicionais. Revitalizar, além de recuperar, pressupõe inovação, flexibilidade, energização, adaptação às necessidades e aos recursos ambientais.


O projeto da High Line é um ótimo exemplo de convergência desses conceitos. Antes de ser transformada, a ferrovia elevada, construída nos anos 30, que cruzava uma parte de Manhattan, em Nova York, estava em ruínas e quase foi demolida durante a administração do Prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, não fosse a iniciativa de Joshua David Robert Hammond, um residente do bairro que, em 1999, criou a comunidade “Amigos da High Line” (http://www.thehighline.org/). Cansados de conviver com o espaço abandonado, os integrantes da comunidade começaram a discutir formas de reintegrá-lo ao espaço público. Em 2003 foi aberta uma competição para eleger o melhor projeto de revitalização do elevado e, em 2006, começaram as obras. Inspirado na La Promenade Plantée, de Paris, um jardim construído por onde antes passava uma linha de trem, também desativada, o projeto aproveitou o aspecto "selvagem" da vegetação que cresceu sozinha no local, desde que os trens pararam de operar na década de 80.


Somente em junho deste ano, 10 anos depois, o Parque foi inaugurado. Uma obra extraordinária não só pela estética e pelas alternativas de lazer oferecidas aos moradores e visitantes da região, mas, principalmente, pela força inerente ao ato da colaboração e persistência, como tão bem expressou David Hammond: “Dez anos para construir a High Line é prova do que os moradores de Nova York podem fazer quando sonham alto e trabalham juntos”.


Os trilhos, antes abandonados, foram reintegrados à paisagem em meio aos bancos e jardins que agora florescem...



Revitalizemos nossas relações, nossas emoções, nossas idéias, nossos trabalhos, nossos projetos; revitalizemos nossa visão do mundo. A internet é um excelente veículo quando "a intenção é usar o ambiente virtual para fazer mudanças efetivas no mundo real", conforme colocou Ricardo Joseph, idealizador do site Urbanias, um espaço na internet cujo objetivo é criar mobilizações para tratar de problemas da cidade de São Paulo e discutir propostas e soluções que melhorem o dia a dia de seus habitantes (http://www.urbanias.com.br/).
Uma ótima semana!

Claudia Coutinho.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Arquiteturas Malucas!




Estranho? Não!
Nós é que somos condicionados ao "padrão". Os designers se atreveram a pensar fora do quadrado e brincaram com criatividade.
O resultado: irreverência, humor, arte e muito charme.


;D
Claudia.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Valor está no Intangível, por Marcelo Bastos



Há cerca de um ano e meio atrás, a Microsoft apresentou proposta de aquisição do Yahoo. A oferta foi de 44,6 bilhões de dólares o que equivale a 31 dólares por ação, um ágio de 62% com relação ao preço de fechamento das ações do Yahoo na Nasdaq no dia 31.01.2008.

Daí vem a pergunta : Quanto vale uma empresa da nova economia? Como medir o seu valor nos tempos atuais?

Para isso precisamos entender a mudança que estamos passando atualmente na economia e na sociedade. Uma transformação que, segundo Peter Drucker, iniciou-se há, pelo menos, dois séculos com a aplicação do conhecimento ao conhecimento e trazendo a necessidade de uma gerência eficaz.

Como Drucker escreveu em seu livro Sociedade Pós-Capitalista : “A cada dois ou três séculos ocorre na história ocidental uma grande transformação. Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza - sua visão do mundo, seus valores básicos, sua estrutura social e política, suas artes, suas instituições mais importantes. Depois de cinqüenta anos, existe um novo mundo. E as pessoas nascidas nele não conseguem imaginar o mundo em que seus avós viviam e no qual nasceram seus pais.”

O leitor desse blog pode estar perguntando : Qual é a relação dessa transformação com a introdução do texto sobre a proposta de aquisição do Yahoo pela Microsoft?

Tem tudo a ver porque essas transformações mudaram a maneira como os negócios são avaliados hoje. No século passado uma empresa era composta de 85% de capital tangível como valores financeiros e patrimônio (máquinas, mobiliário, …), e os 15% restantes da empresa era capital intangível (conhecimento). Neste século, esses percentuais inverteram-se, passando a empresa ser composta de 85% de capital intangível. Isso explica o porque da Microsoft fazer uma proposta de aquisição com valor de 62% acima do valor de mercado do Yahoo. Proposta essa que não foi aceita pelo conselho de diretores do Yahoo que considerou baixa a proposta.

Diante dessa mudança, onde os ativos intangíveis passaram a ser preponderantes sobre os ativos tangíveis, a dificuldade está em estabelecer qual o valor real de uma empresa. O instrumento atualmente utilizado para medir o valor das empresas é a contabilidade que tem como função prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio da empresa, segundo o Conselho Federal de Contabilidade.

Notem que o foco está em patrimônio, onde podemos supor que a contabilidade atual consegue definir o valor de uma empresa do século passado, mas não está adaptada para medir o valor de uma empresa do século XXI. Realidade essa referendada pelo mercado acionário que, há muito tempo, sinaliza que os registros e balanços contábeis não decidem mais o valor das companhias. O humor do mercado de ações varia muito mais em função das novidades intangíveis do que evolução dos indicadores financeiros.

Tomemos como exemplo uma empresa de consultoria. Como poderemos avaliar o valor de uma empresa de consultoria? Pelos móveis e computadores existentes ou pelo conhecimento e experiência dos consultores da empresa?

E no caso do Yahoo? O que a Microsoft comprará? Mesas, cadeiras, computadores, prédios? Claro que não. Ela está comprando a capacidade de inovação do Yahoo e uma estrutura de serviços para fazer frente ao seu principal concorrente que é o Google, além de entrar de vez no mercado de Internet.

A pergunta é : Caso a proposta de aquisição seja feita, O que faria a Microsoft se os colaboradores do Yahoo resolverem pedir demissão ou receberem uma proposta de maiores benefícios por parte do Google?

O que podemos notar é que o capital intelectual(intangível) tem um peso muito maior no século XXI do que no século passado. A dificuldade estará em estabelecer padrões que possam medir a importância desse capital para o desempenho e geração de lucros pelas empresas.

Como disse Peter Drucker : “A revolução da informação representa um nítida transferência de poder de quem detém o capital para quem detém o conhecimento.”

O desafio está lançado. A pergunta é: Nossos gestores estão preparados para administrar esse capital e transformá-los em resultados?

Fonte:




Bem-vindos. O futuro é agora!
Claudia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

No centro de tudo: o amor!



“O mundo progride, progride, progride e quando vamos analisá-lo no ato final, ele se apresenta o mesmo, estancado há séculos numa única e incorruptível verdade: segue sendo o amor a coisa mais revolucionária que há. Independentemente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeita, impulsiona, destrói, liberta e prende. Em sua órbita, apenas distrações.”
(Martha Medeiros)
Sem comentários!
Claudia.